domingo, 28 de fevereiro de 2016

A História da Máquina de Costura


                   Desde muito tempo, cerca de 20.000 anos quando surgiram as primeiras agulhas com o intuito de se costurar as peles de animais para os homens das cavernas se protegerem da ultima era Glacial. O processo de costurar sempre era marcado pela riqueza de detalhes e devido a este aspecto, requeria bastante tempo para que uma peça de vestuário ficasse pronta.
                    Antes para que uma única peça pudesse ficar pronta, era necessário o empenho de uma e até dezenas de costureiras e levava dias, semanas e até meses para que fosse concluído um único trabalho. E foi pensando nisso que a sociedade por volta do século XVII, começou a pensar em uma solução, para que o trabalho de costurar pudesse ser realizado mais rapidamente e assim ajudar e crescer o mercado da costura.



                                     [A primeira máquina feita e patenteada por Elias Howe]

             Por volta do ano de 1775 foi registrada a primeira patente do que começava a ser pensada como máquina de costura, más nunca foi encontrada os verdadeiros indícios do real projeto, o que leva a acreditar que ela nunca tenha saído do papel. Tendo em vista que a partir dali já estava ocorrendo a Revolução Industrial e os mercados produtores começaram a aumentar bastante, surgindo assim a necessidade de mais e mais equipamentos.
           No decorrer dos anos, vários e vários projetos foram pensados que na maioria das vezes chegaram a funcionar de forma prática. Más em 1830 o alfaiate francês Barthelemy Thimonnier patenteou a primeira máquina que funcionava. O que para a sociedade de pequenos alfaiates e pequenas costureiras, representou uma enorme ameaça, por eles pensarem que aquela máquina iria tomar todo o mercado e iria os substituir acabando assim com as suas profissões. Ocorrendo motins que levaram a destruição da máquina.

               Em 1834 Walter Hun, construiu e patenteou uma nova máquina que costurava apenas em linha reta e sem outras opções de costura. Más ele nunca chegou a  ser construída por medo de acontecer a mesma coisa que ocorreu quatro anos antes.
                  Elias Howe construiu e patenteou uma nova máquina que se destacou e inovou por possuir um novo sistema; agulha com “olho” na ponta, calcador pelo qual passava a agulha, sistema de bloqueio e direcionamento do tecido e alimentação do sistema, certo que possuía suas limitações mais, para a época era muito mais simples.
              Dava-se ali uma corrida pelo direito de cada novo inventor produzir e patentear um novo tipo de máquina, na qual cada novo inventor dizia ser a melhor máquina já construída e a melhor para satisfazer as necessidades de um mercado que cada vez mais só crescia. E Isaac Singer passou a construir uma máquina muito similar a de Howe, o que levou a uma batalha judicial para ter o direito de a cada máquina feita por Singer, Howe ganhasse seus direitos.
                Com o passar dos anos as máquinas de Howe perderam o espaço para as de Isaac Singer, que foi muito inovador em sua máquina, investindo bastante em propaganda especificamente para o público feminino e dando uma vasta assistência técnica para as suas máquinas. Ele inovou também ao formar a idéia de que as máquinas  não deviam ocupar apenas o grande lugar nas grandes empresas, más sim que cada pequena costureira e ateliê possuísse uma máquina para ajudar na produção. E inovou também ao facilitar o pagamento da máquina, que seria feito por parcelas mensais, o que deu muito certo para Singer.
                  Diversas outras máquinas foram construídas e cada novo inventor patenteava e queria que sua máquina fosse reconhecida, o que levou a uma grande disputa judicial entre os inventores e as grandes fábricas para terem o direito de produzir. Logo depois, anos mais tarde as primeiras máquinas já começavam a chegar ao Brasil e eram anunciadas em várias lojas pra à venda. E em 185, Singer montou a sua primeira fábrica em território brasileiro
           Vendo que a disputa judicial continuava muito grande, diversas empresas de máquinas americanas começaram a prática do cartel para que os ganhos pudessem ser mais “distribuídos”, entre elas: Wheeler & Wilson, a Singer, a Grover & Baker e,  também a de Elias Howe, entre outras diversas empresas de pequeno porte também fizeram parte deste quartel que começou em 1856 e continuou até 1877, que terminou devido a diversas denúncias feitas pela imprensa, acabando com uma investigação do senado americano que criou uma lei que acabou com o cartel.
            E devido a esta quebra do monopólio, uma única empresa conseguiu manter-se firme na produção de máquinas, a de Isaac Singer. Que em 1880 cresceu de maneira tão veloz que já detinha cerca de 75% do mercado produtor de máquinas de costura.. Portanto a história da máquina de costura, se mostra cheia de pontos positivos e negativos, más foi devido a diversas tentativas e erros que contribuíram para o aparecimento das máquinas modernas e facilitaram o trabalho que antes era feito manualmente e possibilitando assim o desenvolvimento um mercado muito importante para todas as pessoas.      



 [Wilcox and Gibbs de 1890]


[Singer de 1866, em seu ponto quase perfeito.]


[Ou seja, elas sofreram várias mudanças e aperfeiçoamentos ao longo dos anos.]

Fontes:

REIS, Fabiano. História da Máquina de Costura: Inovação e Polêmica. Disponível em:< http://www.audaces.com/br/producao/falando-de-producao/2014/02/13/historia-da-maquina-de-costura-inovacao-e-polemica>. Acesso em: 28 de fev. de 2016

MONTELEONE, Joana. A história das máquinas de costura:
um anúncio brasileiro vende uma máquina de costura americana. IX Conferência Internacional de História Econômica & VI Encontro de Pós-Graduação em História Econômica. Disponível em:< http://cihe.fflch.usp.br/sites/cihe.fflch.usp.br/files/Joana%20Monteleone_0.pdf>. Acesso em: 28 de fev. de 2016. 


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